terça-feira, 30 de abril de 2013

Tecnologia


Aplicativos de celulares facilitam vida de deficientes visuais
Uma pequena empresa baiana é responsável pelo desenvolvimento de uma linha de softwares para celulares, que reúne soluções inovadoras voltadas para o dia a dia de pessoas cegas, garantindo a elas mais autonomia. A NN Solutions, criada há pouco mais de dois anos, uniu o apoio à inovação tecnológica e a atenção da sociedade às questões relacionadas à acessibilidade, e se tornou referência na criação desse tipo de inovação inclusiva.
 
Segundo o Censo 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 148 mil cegos no Brasil. Com 15,4 mil pessoas, a Bahia é o segundo estado brasileiro com maior número de deficientes visuais e o desenvolvimento de tecnologias assistivas, que promovam a inclusão dessas pessoas, atende a um mercado com bastante demanda. A percepção desse panorama levou a empresa de base tecnológica baiana a dirigir suas ações de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para a área de acessibilidade.
 
Várias soluções em um único aparelho
 
A linha S-1 é composta de quatro softwares: NNTextReader ou Scanner Leitor portátil (Slep); NNColor_ID, que faz a identificação de cores; o NNMoney_ID, que identifica cédulas monetárias e o NNLight_ID, que informa o nível de luminosidade de um ambiente. Cada solução acrescida ao celular significa menos um equipamento que o deficiente visual precisará carregar.

O Slep foi o primeiro software desenvolvido. Com o aplicativo, o usuário captura textos com o celular e os mesmos são lidos em voz alta. A ferramenta funciona apenas para fontes de imprensa, as cursivas não são legíveis. O segundo aplicativo já finalizado é o identificador de luminosidade. O software informa se o local examinado está claro, com pouca luz ou escuro. Os outros dois softwares estão em fase de ajustes finais.

 

 

Notícia


NovAs Tecnologias facilitam rotina dos deficientes visuais
 
Essa matéria foi publicada em 04.11.2012 por  Milena Crestan onde  comenta que o estudante universitário Peterson dos Santos Garcia, 26 anos, sai de casa todos os dias às 5h40min, deixa a filha de 4 anos no Centro de Educação Infantil (Ceinf) e depois segue para a universidade. Faz todo o trajeto de ônibus. Seria uma rotina simples como de muitos cidadãos, não fosse o fato de ele ser deficiente visual. Ele ainda precisa contar com a boa vontade dos outros para conseguir informações sobre as linhas, mas essa dependência pode diminuir com auxílio de novas tecnologias.
 
Até o fim do ano estará disponível aplicativo no celular que ajuda os deficientes visuais a localizar o ponto de ônibus e a linha mais próxima de onde estão. Com poucos cliques no aparelho, eles são informados, via comando de voz, da linha, dos horários dos ônibus e do caminho para seguir até o ponto, semelhante a um GPS. Há pelo menos quatro meses, três deficientes visuais do Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos Florivaldo Vargas (Ismac) testam o sistema.

Os pontos já foram marcados e cadastrados, mas ainda há necessidade da segunda etapa, em que os veículos serão equipados com computadores de bordos e receberão sinal informando sobre o deficiente visual que está aguardando no ponto. “Essa tecnologia dará mais autonomia ao deficiente, que conseguirá mais facilmente localizar o ponto e terá a segurança de o motorista saber que estará esperando o veículo”, disse Rodrigo Silveira Dutra, dono da empresa G2I, que desenvolveu o software.
 
 

sábado, 27 de abril de 2013

Reportagem

 
Especial    STJ    fala de concursos públicos para pessoas com deficiência visual
A reportagem especial da Rádio do STJ nesta semana traz uma história de superação: um homem que nasceu em Alagoas, com deficiência visual, e lutou para conseguir estudar e se tornar servidor público.

Ele precisou acionar a Justiça para ter direito a continuar em um concurso público, porque não pôde acompanhar o desenrolar do certame pela internet, já que a banca responsável postou os resultados em arquivo não compatível com programas de computador adaptados para cegos.

A reportagem traz ainda o que a legislação diz sobre o acesso de pessoas com necessidades especiais a concursos públicos e a opinião de especialistas sobre como o país tem enfrentado essa luta para dar cidadania a essas pessoas.
Extraído de: Superior Tribunal de Justiça - 21 de Abril de 2013
 

 

sábado, 13 de abril de 2013

Educação

RECURSOS DIDÁTICOS TECNOLÓGICOS PARA DEFICIENTES VISUAIS

Livro didático adaptado

Existem no mercado vários recursos didáticos, porém a maioria utiliza recursos visuais, o que não atende às necessidades de pessoas que possuem esse tipo de deficiência; livros didáticos são exemplo disso.

Para as pessoas que apresentam visão reduzida, os livros didáticos devem possuir: quantidade dosada de exercícios em cada página, desenhos objetivos, tamanho ampliado das letras e contraste entre as cores. Logo, quando se escolhe um livro para esse público, estes critérios devem ser observados.

No caso em que existe deficiência visual, os livros utilizados devem estar transcritos em Braille; deve-se ter cuidado para que o conteúdo, uma vez transcrito, não seja modificado ou deturpado.

Livro falado

O livro falado é gravado em fitas cassete ou CDs. Esse recurso é muito utilizado no Brasil, tido como excelente recurso didático.

domingo, 25 de novembro de 2012

Notícia

Deficientes visuais "enxergam" com aparelho que traduz cores em música

 
Pesquisadores criaram um novo dispositivo para ajudar pessoas cegas a não apenas perceberem o ambiente ao seu redor, mas também a identificar objetos individuais.
Já existem vários trabalhos que tentam criar "mapas sonoros do ambiente", convertendo imagens em sons.
O objetivo final é construir os chamados "dispositivos de substituição sensorial", aparelhos que usam diversas tecnologias para traduzir as informações de um sentido - geralmente não funcional no indivíduo - por informações que afetem outro sentido.
Alguns desses estudos já estão em estágio avançado de testes.

Transformando imagens em sons

Mas Maxim Dupliy e seus colegas não queriam apenas uma forma de ajudar as pessoas cegas a caminharem dentro ou fora de casa: eles queriam construir algo mais funcional, que permita, por exemplo, que uma pessoa pegue uma fruta, ou aperte a mão de um amigo.
O aparelho, batizado de EyeMusic, usa uma câmera para capturar as imagens. Cada imagem digital é processada, transformando os pixels em notas musicais.
Por exemplo, os pixels na vertical, que mostram a altura dos objetos, são representados por notas musicais que variam do grave (objetos mais baixos) ao agudo (objetos mais altos).
A localização horizontal de cada pixel é indicada pela temporização das notas musicais, com tempos maiores indicando a direita, e tempos menores a esquerda. O brilho de cada parte da imagem é codificado pelo volume do som.

 Música para os meus olhos

Mas ninguém gosta de "ouvir em preto e branco". Restava então codificar as cores. Para isso, foram usados diferentes instrumentos musicais, um para cada uma de cinco cores.
O azul é representado pelo trompete, o vermelho pelo órgão, o verde pelo órgão de palheta sintetizado e o amarelo pelo violino. Finalmente, o branco é representado por um vocal e o preto pelo silêncio.
Os pesquisadores preocuparam-se também com o lado artístico, para que os sons soem sempre suaves e harmônicos, evitando apitos e chiados desconfortáveis ou desagradáveis.
"As notas se estendem por cinco oitavas e foram cuidadosamente escolhidas por músicos para criar uma experiência agradável para os usuários," disse Amir Amedi, coautor do estudo.

Percepção espacial no cérebro

Se na descrição parece tudo muito complicado, na prática deu-se o contrário: os usuários conseguiram operar o dispositivo muito rapidamente, alguns deles com apenas meia hora de treinamento.
Assim, o experimento dá suporte à hipótese de que a representação do espaço no cérebro pode não ser dependente de como a informação espacial é recebida, e que é necessário muito pouco treinamento para criar uma representação do espaço sem a visão - isto pode ser feito, como se comprovou, usando sons.
"O nível de precisão alcançado em nosso estudo indica que é factível usar um dispositivo de substituição sensorial para realizar tarefas do dia-a-dia, indicando um grande potencial para seu uso em terapias de reabilitação," concluiu.

domingo, 19 de agosto de 2012

Notícia

Sensor ultrassônico auxilia deficientes visuais

Aparelho que auxilia na locomoção de pessoas com deficiência visual, desenvolvido por físico do Mato Grosso, ganha Concurso Pró-Inovação Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia.


Um sensor para deficientes visuais, desenvolvido pelo físico Edivaldo Amaral Gonçalves, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), foi o primeiro colocado no Concurso Pró-Inovação Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, promovido pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (UnB), com apoio do Ministério de Educação (MEC).


O aparelho eletrônico é posicionado na testa do usuário para detectar, por meio de um sensor ultrassônico, os obstáculos a sua frente como árvores, postes e orelhões. Ao encontrá-los, ele aciona um dispositivo que permite ao deficiente perceber, a partir de sinais vibratórios de diferentes intensidades emitidos pelo aparelho, a aproximação dos objetos ao caminhar.


“Quanto mais próximo o objeto detectado, mais intenso é o sinal vibratório. Assim, além de ser informado da existência de obstáculos à sua frente, o usuário também consegue saber a sua distância aproximada para antes conseguir desviar deles”, explica Edivaldo Gonçalves.


Segundo ele, o protótipo não pretende substituir a bengala tradicionalmente utilizada pelo deficiente visual. “O aparelho serve como complemento para detecção de objetos relativamente altos, da cintura pra cima, e que a bengala não detecta”, conta. O próximo passo do estudo será a miniaturização do protótipo para sua adaptação em óculos ou chapéus.
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O projeto de pesquisa também ganhou o Prêmio IFMT de Inovação Tecnológica. A Agência de Inovação do IFMT já registrou o software responsável pelo funcionamento do equipamento no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), e a redação do pedido de patente deverá ser feita nos próximos meses.
 

“Como o IFMT ainda não possui parceiros para o desenvolvimento desse tipo de tecnologia, iniciativas pequenas como a do Prêmio IFMT de Inovação Tecnológica possibilitam a criação de protótipos que deverão ser usados em benefício da sociedade”, aponta Gonçalves. O trabalho foi realizado em parceria com os também pesquisadores do IFMT, Evilázio Lopes Junior e Jonathan de Arruda Rodrigues.


O objetivo do Concurso Pró-Inovação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia é promover a inovação tecnológica com a transferência, ao setor produtivo, das pesquisas desenvolvidas em todos os Institutos Federais do País.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Formação de Professores-Desafio para avançar



Segundo Ana Lígia Scachetti, a tecnologia precisa ser incorporada ao projeto politico-pedagógico (PPP) e integrado aos conteúdos curriculares. Não dá para ir ao laboratório e permitir que os estudantes fiquem navegando sem um objetivo de aprendizado, pois dificulta o trabalho do docente, já que o controle da aula fica mais complicado quando a turma tem acesso à internet. O computador na sala ou no laboratório deve ter um uso dirigido.
Pesquisadores do Laboratório de Novas Tecnologias Aplicadas na Educação (Lantec), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em busca de indicadores para definir uma boa experiência na área tecnológica, propõem a Pedagogia Comunicacional Interativa (PCI).O conceito indica a combinação de objetivos educacionais com as ferramentas de comunicação da web, como compartilhamento de conhecimento.
Para que os objetivos de ensino sejam alcançados os professores devem estar preparados para tirar o melhor proveito das tecnologias de informação e comunicação (TIC). O docente precisa fugir do mito de que os alunos, nativos digitais sabem mais do que ele. Os estudantes podem até ter mais familiaridade com as novidades, mas não sabem coloca-las a favor de sua aprendizagem.
A tecnologia por si só não muda as práticas existentes. Além disso, muitas aulas se restringem a recursos básicos, como buscas na internet e editores de texto. A máquina substitui o caderno e os livros, mas não altera o contexto pedagógico. Portanto, as grandes inovações no processo educativo ainda estão por vir. Para que todo o potencial tenha chance de se desenvolver é necessário preparar os professores para que possam ousar mais sem perder o rumo dos objetivos educacionais, rever os conteúdos curriculares e inserir o uso das TIC nos projetos da escola.